Num cenário em que os bons exemplos que atravessam a sociedade ganham ainda mais expressão na capacidade de fazer a diferença, o Compromisso Pagamento Pontual assume um papel cada vez mais relevante junto das empresas e da economia nacional.
Esta plataforma, mais do que um agregado de entidades empresariais, é um estímulo para o tecido empresarial, no sentido de promover práticas de sustentabilidade financeira e de equilíbrio na gestão dos ativos, num princípio de pagamento atempado a fornecedores e à garantia para todas as partes da cadeia negocial.
Numa iniciativa da ACEGE, APIFARMA, CIP e IAPMEI, associada a grandes organizações nacionais, que figuram na primeira linha do mercado económico, fechou o ano de 2020, verdadeiramente atípico para o setor, com mais de 418 empresas aderentes, totalizando 1507 sociedades, que viram neste modelo de gestão a oportunidade para certificar a sua atividade com base nos princípios da transparência e eficácia empresarial.
Com mais de 10 anos de experiência acumulada, numa postura de complementaridade com as medidas de apoio do Governo, a Compromisso Pagamento Pontual tem vindo a cimentar uma cultura de compromisso em tempo útil de pagamento dos serviços prestados, como forma de não comprometer a sobrevivência da empresa contratante, em função do desequilíbrio que provoca no seu seio, mas simultaneamente na falta de liquidez que proporcionam em terceiros, com efeitos em diversos quadrantes, nomeadamente no posicionamento no mercado, no pagamento aos colaboradores e no cumprimento das contribuições sociais e dos impostos.
Este princípio de atuação deve ser, aliás, transversal a qualquer setor de atividade e à natureza das empresas, incluindo com redobrada responsabilidade os organismos públicos, como as empresas municipais. Deverão ser estes agentes, os primeiros a dar o exemplo na forma como gerem a coisa pública, garantindo que a sua influência não resulta em constrangimentos para os seus prestadores de serviço.
É com esse desígnio que pautamos diária e estrategicamente a atuação da MatosinhosHabit, Empresa Municipal de Habitação de Matosinhos, numa tríade de gestão equilibrada, transparência e proximidade, que se verte no relacionamento com os munícipes e com todos os parceiros que sustentam o projeto habitacional que Matosinhos abraçou para o seu território.
Na verdade, com estes passos, o conceito do pagamento pontual conquista gradualmente outra relevância mediática e consegue interiorizar-se nas dinâmicas empresarias, mesmo que o caminho ainda seja longo, face aos números que se apresentam, com destaque para a influência da prática do atraso no pagamento nas falências em contexto europeu, a rondar os 25%, bem como do agravamento dos prazos médios de pagamento, numa tendência que não pode apenas ser explicada pela crise sanitária que enfrentamos.
Embora no contexto laboral as dificuldades possam acrescentar o arrastar dos compromissos financeiros, a verdade é que a acumulação de dívida é, declaradamente, o início de um ciclo vicioso que aumenta progressivamente a impossibilidade de reversão, quer espontaneamente, quer mesmo por iniciativa dos seus responsáveis.
Por todas estas razões, a proximidade e cooperação integrada propiciada por este movimento é de particular importância para as empresas portuguesas, a partir de um esforço que deve concertar a Administração Central, em conjunto com o privado, consubstanciando a consolidação dos princípios de gestão em referência e de regulação de um mercado que não pode falhar, após a paragem imposta pela situação pandémica mundial.
Os desafios que o país e o mundo mergulham atualmente são um constante fator de exigência para os modelos de gestão das empresas e indústria, colocando consecutivamente novas necessidades de resolução que apelam, para uma resolução mais ágil e assertiva, a estratégias mais robustas e que possam ser replicadas na decorrência dos bons resultados e da testagem prévia, pelo que esta tipologia de assessoria, tal como o Compromisso Pagamento Pontual se disponibiliza, deriva na mais valia para os seus associados.
Desta forma, esta e outras plataformas que cumpram estes objetivos devem ser reconhecidas e, objetivamente, merecerem uma base de trabalho em rede e interligação com as diversas instituições na comunidade, desempenhando assim um trabalho complementar junto das empresas, com o fim partilhado por todos, de uma economia mais forte, mais sustentável e mais equilibrada no seio dos seus atores.