Compromisso Pagamentos Pontuais

Portugueses consideram que Natal não voltará a ser como antes da pandemia COVID-19

  ESPECIAL NATAL | EUROPEAN CONSUMER PAYMENT REPORT 2021 Na edição de 2021 do European Consumer Payment, da Intrum, os portugueses consideram que Natal não voltará a ser como antes da pandemia. 62% dos portugueses afirma estar financeiramente pior do que antes da pandemia e sentiram muita dificuldade em comprar presentes de natal para os mais novos e encher a mesa com refeições e doces para toda a família e amigos. Com as consequências da pandemia, as famílias portuguesas sentem uma enorme dificuldade em manter o seu orçamento familiar equilibrado nesta época festiva. Para elas, o Natal não voltará a ser como antes da pandemia COVID-19.   Esta é uma das conclusões do mais recente estudo da Intrum, ECPR – European Consumer Payment Report 2021, que tem por objetivo a partilha do conhecimento e informação sobre a vida quotidiana dos consumidores europeus, os seus hábitos de consumo e a sua capacidade de gerir mensalmente as suas finanças domésticas.   De acordo com o ECPR, mais de metade dos portugueses considera que o Natal não voltará a ser como antes da pandemia (50%). Valor substancialmente mais elevado em comparação com a média europeia (37%).   Dos 50% de inquiridos que concordaram com a afirmação, 48% são famílias com alto rendimento, 50% de rendimento médio e 55% de baixo rendimento. É sabido que a pandemia afetou de forma significativa os rendimentos das famílias portuguesas. Prova disso é que 62% dos inquiridos afirmou estar pior financeiramente do que antes da pandemia. A média europeia é de 52%.   De acordo com Luís Salvaterra, Diretor-Geral da Intrum Portugal, “quando falamos de faixas etárias, é notório que as idades mais avançadas são quem tem sofrido mais com esta realidade. Dos 38 aos 44 anos, 58% dos inquiridos considera que as suas finanças pioraram em comparação com o período pré-pandemia. Também as faixas etárias de 55-64 e +65 anos, concordam com esta afirmação (56%). Valor muito superior à média europeia que é de 38% e 37% respetivamente”.   Dos 24 países que participaram no mais recente estudo da Intrum, Portugal encontra-se no TOP 3 que considera que o Natal não voltará a ser como antes da pandemia, com uma percentagem de 50%. No topo da tabela, ocupando respetivamente a 1ª e 2ª posição, encontra-se Itália (51%) e Espanha (52%).   Do lado oposto da tabela, destacamos os Países Baixos (26%), a Áustria (26%) e Dinamarca (22%), países que registam as percentagens mais baixas.

Testemunho de Tiago Maia, administrador da MatosinhosHabit

Esta plataforma, mais do que um agregado de entidades empresariais, é um estímulo para o tecido empresarial, no sentido de promover práticas de sustentabilidade financeira e de equilíbrio na gestão dos ativos, num princípio de pagamento atempado a fornecedores e à garantia para todas as partes da cadeia negocial.

Estado volta a atrasar pagamentos a fornecedores há 5 meses e regressa a valores antes da pandemia

No dia 13 de março de 2020, o Governo anunciou com entusiasmo as primeiras medidas extraordinárias para apoiar as empresas e a economia no início da epidemia de Covid-19, referindo terem sido tomadas “medidas de aceleração de pagamentos às empresas pela Administração Pública, e pelo Portugal 2020, que praticará o pagamento de incentivos no prazo de 30 dias (…)”. Uma medida que considerada prioritária e fundamental para dar liquidez à economia portuguesa num momento de crise. Passados 15 meses deste anúncio, e várias fases de pandemia, o valor das dividas do Governo com mais de 90 dias cresceu 35 milhões de euros, de 434 milhões para 469 milhões (de fevereiro 2020 para abril de 2021).

A importância do Compromisso Pagamento Pontual em contexto de crise

Com as incertezas que continuam a caracterizar o ambiente socioeconómico em tempos de pandemia e sem data anunciada para que a actividade empresarial possa voltar a “níveis normais” na muito desejada retoma, é cada vez mais difícil manter saudáveis muitas das empresas que compõem o nosso tecido económico.

Dizia o romancista Victor Hugo que “há pessoas que observam as regras de honra como se vêem as estrelas, de longe”. Paulo Macedo afirma que “nós precisamos, queremos e achamos essencial o contrário”

“É de persistência, como todos os que aqui estão, que têm sido feitos os nossos dias e acreditamos que a nossa capacidade de adaptação vem a par com a nossa capacidade de resistência, dentro de uma conjuntura bastante má, com uma crise concreta e com danos gravosos, não valendo a pena dizermos que não sairemos dela com marcas, mas que o faremos seguramente”, afirma. “Mas para sairmos fortes, há que honrar os compromissos que temos feito, sendo que todos sabemos que o pagamento a horas é crucial”, acrescenta.

“O Estado não pode ter dois pesos e duas medidas”, António Saraiva, presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP)

“Desde Setembro de 2011 que estamos neste combate de sensibilização das empresas, independentemente da sua dimensão, e já agora do Estado, como forma de, e como é lema deste nosso encontro, fazer crescer Portugal. Todos nós queremos que Portugal atinja crescimento digno desse nome e isso implica um conjunto de factores, de atitudes e entre elas, esta boa prática dos Pagamentos Pontuais”, referiu António Saraiva no início da sua intervenção.

“Como podemos motivar um líder a pagar no prazo acordado?”, por João Pedro Tavares, Presidente da ACEGE

Sem o envolvimento e sensibilização dos líderes empresariais, que são decisivos em todo este processo de mudança, Portugal continuará na cauda da Europa no que ao cumprimento dos prazos de pagamento acordados diz respeito. Há que inverter este ciclo destrutivo que dá origem a despedimentos, à falência das empresas mais frágeis e ao sofrimento de milhares de famílias portuguesas

No caso da economia nacional, dependente e frágil por natureza, a inexistência de uma cultura de pagamento ‘a tempo e horas’ tem um impacto devastador”, Heitor Costa, director executivo da Apifarma

Elencando o indiscutível contributo das empresas para a organização da sociedade, na medida em que “são agentes pró-activos ao serviço do investimento e da inovação, são um poderoso motor de valorização dos recursos humanos e cuidam da economia ao criar emprego e ao gerar riqueza”, Heitor Costa começou por falar das entidades que operam na área da Saúde, as quais possuem a particularidade de “contribuir para o bem-estar e para o aumento da longevidade das populações”.