ESPECIAL NATAL | EUROPEAN CONSUMER PAYMENT REPORT 2021 Na edição de 2021 do European Consumer Payment, da Intrum, os portugueses consideram que Natal não voltará a ser como antes da pandemia. 62% dos portugueses afirma estar financeiramente pior do…
“Um esforço para diminuir os prazos de pagamento e os pagamentos em atraso por parte do setor público pode promover a atividade económica sem consequências orçamentais e deve ser visto como um objetivo prioritário”,
Esta plataforma, mais do que um agregado de entidades empresariais, é um estímulo para o tecido empresarial, no sentido de promover práticas de sustentabilidade financeira e de equilíbrio na gestão dos ativos, num princípio de pagamento atempado a fornecedores e à garantia para todas as partes da cadeia negocial.
No dia 13 de março de 2020, o Governo anunciou com entusiasmo as primeiras medidas extraordinárias para apoiar as empresas e a economia no início da epidemia de Covid-19, referindo terem sido tomadas “medidas de aceleração de pagamentos às empresas pela Administração Pública, e pelo Portugal 2020, que praticará o pagamento de incentivos no prazo de 30 dias (…)”. Uma medida que considerada prioritária e fundamental para dar liquidez à economia portuguesa num momento de crise. Passados 15 meses deste anúncio, e várias fases de pandemia, o valor das dividas do Governo com mais de 90 dias cresceu 35 milhões de euros, de 434 milhões para 469 milhões (de fevereiro 2020 para abril de 2021).
Com as incertezas que continuam a caracterizar o ambiente socioeconómico em tempos de pandemia e sem data anunciada para que a actividade empresarial possa voltar a “níveis normais” na muito desejada retoma, é cada vez mais difícil manter saudáveis muitas das empresas que compõem o nosso tecido económico.
“É de persistência, como todos os que aqui estão, que têm sido feitos os nossos dias e acreditamos que a nossa capacidade de adaptação vem a par com a nossa capacidade de resistência, dentro de uma conjuntura bastante má, com uma crise concreta e com danos gravosos, não valendo a pena dizermos que não sairemos dela com marcas, mas que o faremos seguramente”, afirma. “Mas para sairmos fortes, há que honrar os compromissos que temos feito, sendo que todos sabemos que o pagamento a horas é crucial”, acrescenta.
“Desde Setembro de 2011 que estamos neste combate de sensibilização das empresas, independentemente da sua dimensão, e já agora do Estado, como forma de, e como é lema deste nosso encontro, fazer crescer Portugal. Todos nós queremos que Portugal atinja crescimento digno desse nome e isso implica um conjunto de factores, de atitudes e entre elas, esta boa prática dos Pagamentos Pontuais”, referiu António Saraiva no início da sua intervenção.
A bastonária da OCC relembrou igualmente a “grande responsabilidade do Estado e o facto de os seus pagamentos influenciarem muitíssimo as empresas e a economia no geral”.
Sem o envolvimento e sensibilização dos líderes empresariais, que são decisivos em todo este processo de mudança, Portugal continuará na cauda da Europa no que ao cumprimento dos prazos de pagamento acordados diz respeito. Há que inverter este ciclo destrutivo que dá origem a despedimentos, à falência das empresas mais frágeis e ao sofrimento de milhares de famílias portuguesas
Elencando o indiscutível contributo das empresas para a organização da sociedade, na medida em que “são agentes pró-activos ao serviço do investimento e da inovação, são um poderoso motor de valorização dos recursos humanos e cuidam da economia ao criar emprego e ao gerar riqueza”, Heitor Costa começou por falar das entidades que operam na área da Saúde, as quais possuem a particularidade de “contribuir para o bem-estar e para o aumento da longevidade das populações”.